CARTUM DUAS DÉCADAS

 Em 2021, a Revista LEITOR VIP vai publicar uma sequência de 7 capítulos apresentando os bastidores dos VINTE ANOS da Revista CARTUM!!

Começando pelos primeiros contatos com a audição, leitura e produção de quadrinhos, ainda na infância. Confira abaixo os capítulos que já foram publicados!!!


Parte 1 - ORIGENS
(Publicado na Revista Leitor Vip Interativa nº 69 - abril 2021)

Desde sempre me identifiquei com os quadrinhos. Aprendi a ler e a escrever antes dos 4 anos, com o auxílio das leituras de quadrinhos que a Dona Yeda (minha mãe) fazia em voz alta para mim. Ela lia as tiras do jornal, depois do almoço e um gibi completo antes de dormir, escolhido com muito custo e indecisão por mim mesmo já de pijama e pronto para ir me deitar.

Acontece que a leitura de alguns gibis, os preferidos, se repetia com mais frequência. E a essa altura eu já tinha memorizado certos trechos destes diálogos. Então passei a observar atentamente as letrinhas nos balões das conversas, meio que já sabendo o que estava escrito ali, ao mesmo tempo em que ouvia a voz da minha mãe repetindo (pacientemente) um texto que nós dois já estávamos carecas de saber, porém com o mesmo entusiasmo da primeira vez.

Acompanhar as letras nos balões e caixas de textos nas histórias em quadrinhos, ao mesmo tempo em que ouvia a voz da minha mãe, possibilitou que eu entendesse os fonemas presentes nas letras e contrações, iniciando ali meu processo de alfabetização.



Movido pela curiosidade de ler outras revistas em quadrinhos e com o auxílio da enorme paciência dos meus pais, eu saí soletrando todas as palavras que via pela frente, sempre solicitando a presença de alguém para corrigir o que estivesse errado. No meu caso, os quadrinhos foram o incentivo para a minha alfabetização doméstica. Depois disso, eu tentava ler os out doors, panfletos, a marca dos carros, geladeira, televisão. Enfim, toda sequência de letras que apareceu na minha frente tornou-se um desafio descobrir o seu significado.

Já aos 4 anos, criei meus primeiros personagens, com traços grosseiros (iguais aos desenhos de qualquer criança nessa idade), e comecei a criar minhas primeiras histórias em quadrinhos originais. Aí foi o meu pai que teve grande importância, se interessando pela minha nova atividade, analisando e comentando todos os meus desenhos. Ele nunca deixou faltar matéria-prima para essa brincadeira: folhas sulfite e canetas paper-mate ultrafine. Era como dar banana pro macaco.

Meu pai ainda levava os desenhos eleitos mais bonitos para publicar no segmento infantil do jornal local, o que me deixava muito faceiro. Resultou em um aumento na minha produção artística e aos 7 anos eu já desenvolvia gibis com cerca de 30 páginas, com personagens próprios e histórias autênticas. O desenho ainda deixava a desejar, mas a prática prosseguiu intensamente, ficando menos pior a cada ano.



Parte 2 - INÍCIO

(Publicado na Revista Leitor Vip Interativa nº 70 - maio 2021)

Foi pelos 10 ou 12 anos, que os desenhos passaram a chamar a atenção e gerar elogios de amigos e vizinhos. As charges envolvendo colegas de colégio, parentes e vizinhos tornaram-se inevitáveis (assim como algumas broncas dos homenageados inconformados). Nessa época eu produzia uma revista em quadrinhos artesanal com 32 páginas: a Turma do Chineca, a qual teve 40 edições, entre outros protótipos de revistinhas que não vingaram.

E foi por aí que surgiu um grande sonho de produzir um gibi que fosse degustado pelos leitores brusquenses e de cidades vizinhas. Um sonho que parecia distante e meio impossível, mas que nunca saiu da minha cabeça.

Aos 15 anos, veio o primeiro emprego e o tempo disponível para a produção artística ficou um pouco escasso, mas vira e mexe os colegas de trabalho eram presenteados com caricaturas. O sonho de uma revistinha autoral ainda me perseguia. Nesta publicação, não haveriam apelações (erotismo, perversão, agressividade, indução ao consumo de álcool ou palavrões) e nem erros gramaticais ou ortográficos. Mas eu nunca estava suficientemente satisfeito com o traço e com as ideias que estavam surgindo, adiando por vários anos esse projeto, porém o amadurecendo também. 




(Publicado na revista DYNAMITE nº 21 de maio 1996)

Em 1997 comecei a trabalhar no Stop Shop, o “Ninho da Malha”. Foi lá que eu tive a minha primeira grande oportunidade de ser pago pelos meus desenhos. Semanalmente circulava um jornalzinho entre os funcionários, lojistas e guias comerciais do shopping, editado pelo renomado jornalista Mauro Miranda: o “Notícias do Ninho”. Durante dois anos eu fiquei responsável por uma charge envolvendo o pessoal da administração do Stop Shop e também uma tiragem com o personagem que eu criei para esta missão: “Alaor, o Lojista”, inspirado nas situações corriqueiras que aconteciam dentro do shopping, com as quais todos em algum momento poderiam se identificar.

Tenho quase todos os jornaizinhos guardados até hoje. Teve uma charge que ficou polêmica e foi censurada com o relações públicas do shopping, o Seu Domingos que andou levando umas multas por excesso de velocidade e eu desenhei ele pilotando um carro de fórmula 1 e sendo fotografado por um radar. Pegou mal para ele e eu não queria prejudicar um colega de trabalho, então trocamos por alguma outra charge mais simpática.

Ainda no shopping, em 1998 conheci o Fabiano Sabino, responsável pelo primeiro provedor de internet de Brusque, o Bilu Net, o qual passou a postar meus quadrinhos. Ali surgiram as primeiras tiras do Esponja e algumas histórias completas do Pafúncio que foram divididas em dezenas de tiras, publicadas diariamente. Os 3 anos que passei como colaborador do Stop Shop não foram em vão. Serviram para que eu criasse uma rotina produtiva e passasse a treinar minha imaginação, pois viria muita coisa pela frente. Agradeço muito a toda a família Heil e a todos os colaboradores daquela época por toda a força que me deram.

Parte 3 – DECISÃO

(Publicado na Revista Leitor Vip Interativa nº 71 - junho 2021)

Com o nascimento do meu filho Igor, em 2000, é que foi tomada a decisão de que a revista teria que sair, custe o que custar, pois ajudaria muito na economia doméstica. Eu ainda não me sentia financeiramente preparado para esta nova fase da minha vida com uma nova demanda de leite em pó, fralda, roupinhas e outros acessórios. A verdade é que ninguém nunca está, a gente se prepara passando pelas situações. E foi então que no verão de 2000 para 2001, começaram a ser definidos os esboços de uma galeria inicial de personagens que teriam a incumbência de preencher as páginas das primeiras edições, desta futura publicação que estava prestes a vir ao mundo.


Do tempo do Stop Shop (ver parte 2), já existiam o Pafuncio, o Alaor e o Esponja. Então juntaram-se a eles: o Gordo, a Iolanda, o Zé Mané, a Mãe Dirá, o Bagatela, o Uruca, o Pastor Nelson Negador, o Barbosa, o Alfredo e outros mais. Tendo os personagens as suas características físicas e psicológicas individuais já definidas, iniciou-se a criação dos roteiros. Madrugada vai, madrugada vem e já temos roteiros para a primeira revista, que foi desenhada no primeiro semestre de 2001 e lançada em junho daquele ano.

Deixei propositalmente minhas férias acumularem no serviço para poder pegá-las no período bom para as vendas dos espaços publicitários. Eu tinha 15 dias para fechar os anúncios necessários para financiar o projeto. Não sem muito custo e determinação, aos 48 do segundo tempo da prorrogação, as metas foram confirmadas.





Junto com um gelado ar de inverno, o mês de junho de 2001 trouxe uma nova publicação, em formato A3, que foi vista em mais de 60 estabelecimentos comerciais de diversos bairros, sendo distribuída gratuitamente. Patrocinada pelos benditos anunciantes a Revista CARTUM veio ao mundo com um conteúdo pautado em informação e cultura, com matérias jornalísticas de assuntos diversos (eu adorava fazer trabalhos escolares e, se pudesse, teria feito Faculdade de Jornalismo), letras de música traduzidas, biografias de figurões célebres, e muitos quadrinhos.


Sem perder tempo, já comecei os roteiros para a segunda edição que estava prevista para o mês de setembro, dentro de uma periodicidade que no início era trimestral. Usei o mesmo sistema da primeira edição, pegando meus outros 15 dias de férias no serviço para vender as publicidades. Foi nessa ocasião que comprei uma moto e saí pilotando pela primeira vez, tal era a minha determinação em facilitar as visitas de prospecção.

Na terceira edição, eu já não dispunha de férias para vender as publicidades e tive que trocar o serviço que eu realizava de dia por outro que fosse noturno. Foi quando trabalhei de garçom por seis meses durante a noite e vendedor de publicidade durante o dia. Mas esse ritmo ficou um tanto pesado, pois ao mesmo tempo tenho uma família e senti a necessidade de estar mais presente.

 

Parte 4 – VIVENDO DOS QUADRINHOS

(Publicado na Revista Leitor Vip Interativa nº 72 - setembro 2021)

Então, em 2002 surgiram as Cartilhas CARTUM, que juntamente com as revistas CARTUM complementaram a renda necessária pra tocar o barco naquele período, aos trancos e barrancos. Foi quando começamos a sobreviver “somente” de quadrinhos, calejando o dedo arduamente, dia e noite; e fazendo verdadeiros milagres nas vendas, faça chuva ou faça sol.

A primeira cartilha chegou em agosto de 2002, e descomplicava as informações técnicas contidas no Estatuto da Cidade, o conjunto de leis que organiza a transformação urbana nos municípios. O objetivo das Cartilhas CARTUM era o de traduzir as linguagens técnicas para um idioma mais informal, com histórias em quadrinhos ilustrando cada situação, para ser compreendida pelo cidadão comum, do mais avesso a leitura ao mais erudito leitor.

Foi idealizada pelo arquiteto Rubens Aviz, o qual estava a frene do CEAB (Clube de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Brusque) naquela época. Tive a honra de ser procurado por ele para criar uma cartilha que popularizasse as leis. Tal finalidade me abriu o campo das possibilidades infinitas e comecei a imaginar cartilhas sobre diversos outros assuntos, vindo na sequência. Ao ter este insight, comuniquei meu desejo de sair do emprego noturno e tentar a vida como produtor de quadrinhos. A partir dali se revezaram no calendário 2 publicações trimestrais: a Revista CARTUM e a Cartilha CARTUM. Agora já são 8 revistas por ano.


Apresentação da Cartilha de Educação Fiscal ao Observatório Social de Brusque e Receita Federal.

 

No final de 2002 já saía uma nova cartilha, desta vez com o relevante tema “PRIMEIROS SOCORROS”, informando os procedimentos corretos em situações graves e divertindo o leitor com os quadrinhos. Naquele tempo eu não dispunha de internet. As pesquisas eram feitas em PESQUISAS NA BIBLIOTECA PÚBLICA. Onde eu transcrevia as informações das enciclopédias no meu caderno e xerocava as imagens. Eram outros tempos.

No primeiro semestre de 2003, vieram duas novas cartilhas. Na primeira, “CUIDADOS DE VERÃO”, utilizei o mesmo processo de pesquisar por conta própria. Já na terceira, contratei a competente jornalista Giselle Zambiazzi para desenvolver o tema “ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL”. A partir dali, as matérias jornalísticas ganhavam personalidade, além das meras informações técnicas que eu proporcionava antes disso. A Giselle desenvolveu ainda mais 10 cartilhas, interagindo com o leitor como se fosse um diálogo. Outros jornalistas fizeram o mesmo, transmitindo excelentes pesquisas com muita sutileza e bom humor, como o Elton de Souza e o Rafael Gué Martini. Sem falar nos pesquisadores de História Local que começaram a realizar parcerias com a CARTUM a partir de 2010.

Entre 2008 e 2019, ainda saíram 6 Cartilhas CONSEG, sob temas diversos (ver Revistas LEITOR VIP 67 e 68) e distribuídas para cerca de 8000 alunos brusquenses.

Tivemos a grande sorte de contar com excelentes profissionais abordando tantos assuntos e aumentando os conhecimentos de inúmeros leitores nestes anos todos em que as Cartilhas CARTUM vêm sendo publicada!! Gratidão a todos que já fizeram parte de alguma delas.


Parte 5 – ASSINATURAS ANUAIS

(Publicado na Revista Leitor Vip Interativa nº 73 - outubro 2021)


E a produção homeopática de revistas foi seguindo. A CARTUM teve periodicidade trimestral de 2001 a 2004, tornando-se bimestral em 2005, para que enfim se tornasse uma publicação mensal a partir de 2007, oscilando entre 8 e 9 edições ao ano, ao mesmo tempo em que eram realizados projetos paralelos simultaneamente: cartilhas diversas, catálogos automotivos e gastronômicos, cadernos de ofertas, edições comemorativas, edições com fatos históricos, etc.

2005 foi o primeiro ano do sistema de assinaturas, que até hoje nunca falhou em nenhuma entrega. Sempre fornecendo algo mais para o assinante, junto com a revista CARTUM daquele mês e proporcionando uma enxurrada de brindes para os seus “leitores VIP”.

E então, uma nova situação se apresenta: as entregas residenciais para os assinantes. Algumas ocasiões que dariam um bom gibi... tem o cadastro preenchido com letra feia que resultou nas entregas serem feitas no vizinho, ou serem digitados nomes exóticos nas etiquetas, devido à dificuldade em ler a ficha cadastral, etc.

O sistema anual de assinatura da CARTUM destina aos seus “leitores vip” um pacote com nove envelopes mensais contendo 18 revistas, em média. No trânsito, principalmente por estar pilotando uma moto, a ordem é ter uma postura defensiva durante as entregas... com paciência e muita educação corre-se menos riscos!

Lembrando de a importância do assinante estar sempre avisando as alterações nos dados cadastrais, como as mudanças de telefone, e-mail ou endereço. Avise para o email: revistascartum@gmail.com ou para o whats app: 47 9 9956-4787.

Para comemorar a segunda década de existência das revistas CARTUM, os assinantes vão receber algumas novidades em 2021, como: um álbum de figurinhas, com todas as figurinhas sendo entregues aos poucos até completar o álbum, e 35 E-Books com as 35 primeiras edições da Revista CARTUM, dando início a uma coleção de CARTUM “na nuvem”, para ser acessada a hora que quiser, entre outras novidades!

Recomende uma ASSINATURA ANUAL a seus familiares e amigos. Gratidão a todos que firmaram esta parceria anual e incentivam a continuidade do nosso trabalho!!

Parte 6 – HAJA IDEIA!!

(Publicado na Revista Leitor Vip Interativa nº 74 - novembro 2021)


Agora que resolveu virar quadrinhista, é assim: vai ter que inventar todos os meses imagens e textos recheados de piadinhas novas, originais, extremamente engraçadas, que nunca tenham sido utilizadas, e que agradem a todos os segmentos de leitores, de todas as idades, ambos os sexos, de todas as religiões (que não se fecham em antagonismos ideológicos), que todas as etnias se sintam representadas, e também que... e... Enfim, editar uma revista em quadrinhos é ter que agradar a todos, sem exceção, em todos os quesitos e sem perder as suas características individuais... além de conseguir sobreviver!!

No início era um desafio de cumprir o ciclo mensal de se produzir uma revista sem se tornar repetitivo e sem perder a qualidade do seu conteúdo. Mas com o tempo, a busca pela nova inspiração tornou-se algo espontâneo e corriqueiro, pois este é o lado prazeroso de produzir a revista: a parte de criar, escrever e desenhar. Já a parte comercial e burocrática que envolve, é um sacrifício que tem que ser feito para que as coisas aconteçam.


“Dar um branco” é o pesadelo de todo o escritor... sumiço de palavras, ideias desconectadas, pensamentos vagos... definitivamente não é o momento de buscar uma boa inspiração. Nessas horas, são duas as possibilidades. Uma: posso ter uma coisa mal resolvida da qual estou tentando escapar. Posso até tentar esquecer e seguir adiante com lembranças repentinas, mas lá no fundo eu sei que o melhor é ir lá e resolver para depois tentar me concentrar novamente. Bora terminar bem as tarefas pendentes.

Pronto! Com tudo resolvido fica mais fácil de buscar inspiração. Outro obstáculo é a falta de foco: às vezes é preciso organizar o ambiente em que estou, a começar por mim mesmo. Devo estar relaxado (não é estar despenteado e sujo) mas estar livre de interferências externas e com o pensamento conectado somente no meu objetivo). Quando se quer escrever, tem que esquecer preocupações, esvaziar a mente de qualquer pensamento senão o tema proposto. O ambiente ajuda se estiver arejado, confortável e agradável o suficiente para se sentir à vontade e livre de tensões. Práticas de relaxamento, ioga, meditação, massagens relaxantes, etc. podem auxiliar nesse sentido.


Seria útil afastar objetos que possam tirar a concentração (boleto atrasado, livro novo que quer muito ler, foto da sogra, etc.). Deixar o material necessário sempre à mão e espaço físico suficiente para movimentar os braços.

Não consigo acessar a inspiração na hora que eu quero, só na hora que me permito. Tenho fé e rezo todos os dias pra que nunca faltem novas ideias!! Pedi e receberei!! Pedi e Vos será dado!!!


Parte 7 – ARRECADAÇÃO

(Publicado na Revista Leitor Vip Interativa nº 75 - Dezembro 2021)

Como todos sabem, que, pra se manter nessa vida é preciso o “faz me rir”, o dindin, a grana, the money, o cascalho, o negócio que faz as coisas acontecerem. Então não restou a mim outra opção senão sair à caça! Isso foi o maior de todos os desafios, pois quem me conhece sabe como sou: calado, quieto e silencioso. Pago pra ficar mudo no meu canto, porém esse seria o fracasso de qualquer vendedor. Tive que tornar-me um malabarista equilibrando 3 inspirações simultâneas para manter a revista CARTUM ativa nesses últimos 20 anos: as ideias para os textos das histórias, a criatividade visual nos desenhos e por último mas não menos importante, a habilidade para manter uma forma de arrecadação financeira.

A arrecadação da revista vem de duas fontes: Vendas de assinaturas (ainda poucos e heroicos apoiadores da CARTUM) e vendas de anúncios (estritamente o suficiente para manter todas as despesas e tocar a vida adiante).

As assinaturas começaram a ser vendidas em 2005. Para mim, cada assinante é a manifestação de um voto de confiança que motiva a produção constante das revistas e seu consequente aprimoramento e meu desejo é produzir o melhor material possível para alegrar o dia destas pessoas e aumentar os seus conhecimentos.

Com certeza o número de assinantes ainda é bastante reduzido, mas este é o preço a se pagar por editar uma publicação isenta de palavrões, pornografia, violência e indução ao consumo de álcool. Hoje em dia são poucos (e bons) os que se interessam por uma leitura ética e sadia.

Você pode contribuir estimulando seus familiares e amigos a também firmarem sua própria assinatura anual.

 



Bem, já que precisa, vamos lá! A etapa mais difícil para mim foi iniciar as vendas de publicidade comercial. Extremamente tímido, comecei minhas peregrinações de porta em porta pelo empresariado brusquense, sendo que me parecia um objetivo semi impossível, mas mesmo assim eu enfrentei... e qual não foi a minha surpresa quando, no meio de incontáveis negações, alguns deboches e desencorajamentos em geral, eu fui encontrando pessoas iluminadas, que, mesmo cheias de afazeres e preocupações, me ouviam atentamente e se interessaram em saber um pouquinho mais sobre o meu projeto, mesmo que naquele momento não interessasse fechar um anúncio, desejando no final, um valioso e sorridente “boa sorte”, que já fazia valer a pena o esforço de ter vindo até ali.

E quando a vontade ameaçava ser de desistir, começam a pipocar os primeiros e hesitantes anúncios vendidos, o que foi dando um pouco mais de firmeza nas minhas abordagens seguintes, transmitindo a proposta de forma mais clara e com a cabeça um pouco mais erguida, fazendo com que outros anunciantes confirmassem as suas participações num projeto pioneiro e despretensioso, mas recheado de boas intenções. Alguns deles permanecem até hoje, 20 anos depois, como inestimáveis apoiadores patrocinando e, acima de tudo, ACREDITANDO nesse projeto.

Todas as empresas que já contribuíram com a revista CARTUM têm uma valiosa importância! Não preciso citá-los, pois estão estampados nas páginas das revistas. Só posso agradecer a Deus e pedir que lhes dê em forma de saúde, paz e prosperidade por tudo o que já foi proporcionado para que este sonho pudesse existir!! Muito obrigado!


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